Pessoal,
Aproveitando uma sugestão dada pela Isabella sobre as seguintes questões:
Vende-se casa ou vendem-se casas?
Usa-se de a ou de+a - da. ?
Pensando nessas construções, o que vocês acreditam que seja o uso adequado ou deveria ser mais adequado para a nossa realidade linguística?
Aguardo os comentários para refletirmos e entender que essas construções têm dois lados teóricos.
Polêmica vindo por aí....
Vende-se casa ou vendem-se casas?
ResponderExcluirSegundo alguns linguistas, esta é a prova de que existem, no mínimo, duas línguas faladas no Brasil: a língua coloquial, produzida no dia a dia e nas relações informais de uso e a normativa, utilizada em textos, orais ou escritos, mais monitorados.
"Bagno é defensor da tese de que a escola deveria ensinar a variante padrão do português brasileiro contemporâneo, o que significa, na prática, considerar corretas algumas construções condenadas nos manuais de “redação” (“vende-se flores”) e em algumas gramáticas. As razões mais relevantes são:
a. Tais construções são dominantes da fala e comuns na escrita de textos monitorados (isto é, não formais);
b. Frequentemente, são condenadas com base na comparação como o português de Portugal, com predileção por fontes mais antigas."
A sequência de + o e outras se transforma em do por um processo meramente fonético que recebe o nome de elisão.
ResponderExcluirEssa é a opinião do Prof. Cláudio Moreno, publicada no Jornal Zero Hora, 27/02, p. 24. Diz ele:
"Confundindo análise lógica com a análise sintática e fonética, autores condenam frases com 'na hora do papai chegar', alegando que 'papai' é sujeito do verbo, não podendo, portanto, vir regido pela preposição 'de' e que, por isso, deveríamos manter o artigo separado ('na hora de o papai chegar'). O uso, porém, ficou tão generalizado que não se pode mais considerar errada esta construção. Acerta, portanto, quem mantém a preposição separada, e acerta que faz a elisão."